O primeiro passo do GTD é a coleta. Trata-se do hábito, na minha opinião, mais fácil de adquirir e que proporciona resultados mais evidentes. Seu objetivo não poderia ser mais simples: esvaziar a mente.
Na verdade, embora sem percebermos, nós já capturamos tudo o que é relevante para a nossa realidade. Pelo menos nosso cérebro faz. É um ato inconsciente, responsável por colocar essa informação em algum lugar em nossa mente onde, além de não ser acessível para análise adequada no momento certo, ela restringe constantemente nossa atenção.
Para termos qualquer senso de controle sobre nossas ideias, fluxo de trabalho e ambiente, precisamos saber exatamente com o que estamos lidando. A fase da coleta, portanto, deve capturar qualquer coisa que tem a nossa atenção. O “qualquer coisa” pode ser mental ou físico. Exemplos mentais incluem ideias para uma nova campanha de marketing, uma postagem no blog ou comprar leite no mercado. Exemplos físicos incluem e-mails, documentos ou os relatórios empilhados ao lado da mesa.
A primeira coleta é a mais trabalhosa. No meu caso, sua execução levou aproximadamente dois dias, porém, não foi algo tedioso. Muito pelo contrário.
O que você precisa para começar é apenas uma ferramenta de anotações (no meu caso, o Evernote). Papel e caneta também dão conta do recado.
Agora vem a parte divertida: faça nota de cada pensamento, ideia ou projeto que esteja em sua mente na sua ferramenta de anotações ou em um pedaço de papel. Sim, tudo! Qualquer coisa que vem à sua mente e que tem sua atenção precisa ser anotada.
Isto pode parecer estranho pois você está acostumado a tentar manter o máximo possível em sua memória. O segredo por trás do GTD é que você não mantém NADA em sua mente. Assim que você pensar em alguma coisa relevante, você deve registrá-la o mais rápido possível e expulsá-la de sua mente. Nossa memória é um recurso precioso e limitado.
Quando você começar, pode demorar para as ideias aparecerem, mas logo elas irão aparecer tão rápida e repentinamente que será um desafio registrá-las. Não adivinhe e não julgue, apenas registre. Eis alguns exemplos de pensamentos que você poderia registrar:
- Trocar o óleo do carro
- Convidar um amigo para almoçar
- Pesquisar preços de smartphone
- Viajar para a Europa
- Perder peso
- Encher os pneus da bicicleta
- Obter informação sobre o projeto de desenvolvimento do site
No Evernote, basta criar as devidas notas na caixa de entrada. Não é necessário elaborar muito as informações em cada anotação, apenas o suficiente para que você possa processá-las posteriormente.
A mesma coisa que você fez com seus pensamentos e ideias você deve fazer com o seu material físico. Pesquise em seu ambiente por qualquer coisa que não pertença àquele lugar e coloque-o em uma caixa. Por exemplo, aquele celular quebrado que está esperando conserto, um catálogo de produtos que precisa ser analisado, etc.
Apenas colete. Não organize nada. Isto será feito em outra etapa.